terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tradução de António Quadros

"A srª. de Bornes levou-a (a Henriqueta) para um sanatório de Auteuil. Morreu, dois meses depois, de uma doença que não era mortal. Por outras palavras, apesar das precauções tomadas, suicidou-se tomando veneno”.

Jean Cocteau, Thomaz, O Impostor, Edição Livros do Brasil, Lisboa, 1955, p.187

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tradução de António Quadros


"[...] Nem sequer tinha a certeza de estar vivo, já que vivia como um morto. Eu, parecia ter as mãos vazias. Mas estava certo de mim mesmo, certo de tudo, mais certo do que ele, certo da minha vida e desta morte que se aproximava. Sim, não sabia mais nada do que isto. Mas ao menos segurava esta verdade, tanto como esta verdade me segurava a mim. Tinha tido razão, tinha ainda razão, teria sempre razão. Vivera de uma dada maneira e poderia ter vivido de outra dada maneira. Fizera isto e não fizera aquilo. Não fizera uma coisa e fizera outra. E depois? Era como se durante este tempo todo tivesse estado à espera deste minuto... E dessa madrugada em que seria justificado. Nada, nada tinha importância e eu sabia bem porquê."

Albert Camus, O Estrangeiro

António Quadros, Amorim de Carvalho, entre outros

Círculo Eça de Queiroz. 1960.
Arquivos da Casa Amorim de Carvalho


No primeiro plano, o terceiro a contar da esquerda: Padre Moreira das Neves; no segundo plano, a contar da direita: Luís Forjaz Trigueiros, Eça Leal, António Quadros e Amorim de Carvalho.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010