domingo, 20 de abril de 2014

A António Quadros



"Falo na ordem e no lugar estabelecidos e granjeio por isso o horizonte de muito caminho percorrido sem ter de proferir sobre ele o juízo final, que é acto mais divino do que humano. (...)"

Afonso Botelho
Três mestres do conhecimento (1993), p. 85

terça-feira, 15 de abril de 2014

No Jardim Botânico


"O poeta não é um pássaro que voa no céu azul. É um mineiro, que o trabalho obriga a descer sempre às suas jazidas. Nos corredores subterrâneos estão os meus tesouros. (...) No Jardim Botânico. A putrefacção das folhas já traz em si a garantia da radiosa ressurreição. (...)"

Lêdo Ivo
Confissões de um poeta (1979), p. 228.

sábado, 12 de abril de 2014

Literatura

"Dir-se-á que a literatura não é uma profissão, mas sim um sacerdócio, algo que plana acima do grosseiro materialismo da vida. (...)"

António Quadros
A Existência Literária (1962), p. 197

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os expedicionários


Domingos Monteiro, Branquinho da Fonseca, José de Azeredo Perdigão, J. Monteiro-Gillo (Tomaz Kim), A. de Ferrer-Correia e António Quadros junto à carrinha da Biblioteca Itinerante nº. 13 (Bombarral).
Mais sobre as Bibliotecas aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A esta terra que sofre

A esta terra que sofre,
Diminuída, mutilada,
À procura de si própria,
Perdida, abandonada.

Mas ouvi, ó portugueses,
Corruptos ou estrangeiros,
Tontos, traidores, burocratas,
Ingénuos, fanatizados,

E vós também, os fiéis
Da verdade da raiz,
Ouvi o que diz o povo,
Ouvi a voz do país.

Portugal somos ainda,
Porque a semente que outrora
Germinou em terra ingrata,
Há-de reviver agora!

Em cada volta do tempo,
De novo começa o mundo.
Juventude, redescobre
O Portugal mais profundo!

(....)

Transviados, cabisbaixos,
Levantai o vosso olhar!
Pátria antiga, que sofreste
Há mais mar, p'ra além do mar!

(...)

António Quadros
Ó Portugal Ser Profundo, ed. Espiral (1980)

sábado, 5 de abril de 2014

Falar de raso


falar de raso sim mas só de lágrimas
quando alguém nos destrói um ângulo puro

João Rui de Sousa 
"ângulo raso" em Corpo Terrestre, Portugália, (1972) p.72

terça-feira, 1 de abril de 2014

O que me vale, acredite, é o vício de escrever para longe...

"Nesta Lisboa dos cafés vão-se desmoronando as tertúlias, em consequência das invejas e das intrigas. Há duas semanas que não vejo o António Quadros. As conversas habituais causam desânimo. O que me vale, acredite, é o vício de escrever para longe... (...)"

Álvaro Ribeiro
em carta para António Telmo | 30 de Outubro de 1958