"Assim nos interessa todo o outro do amor, como desamor, abominação e ódio insofrível,
assim nos interessa todo o outro da crença, não só como descrença e irremediável cisão aceite, mas como ateísmo, na extrema oposição ou contraposição à fé, à religião e à própria ideia de Deus. [...] Tornou-se grau a grau apreensível que quem nega tem profunda razão de negar. E como se distingue, pode perguntar-se, o heróico portador da negação extrema, do verdadeiro filósofo ou do santamente sábio? A resposta necessariamente advém: aquele tem ainda a razão na opaca sombra, a este foi dado já fazê-la emergir na diáfana luz da ideia ou do unívoco e cindido mas consistente amor."
José Marinho
Teoria do Ser e da Verdade
Guimarães Editores, (1961), pp. 130-131
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