quarta-feira, 26 de maio de 2010

A propósito do texto em baixo

"[...] Ah! Adivinho-te a nova curiosidade. Prevejo-te a perguntar-me: - Mas porquê, e para quê, da intimidade das quentes confissões, amarfanhada arrastaste a confidência melindrosa até à barra glacial da indiferença pública? Porquê?
 Pois, na verdade, redargo, não atendeste em que falei daquele meu livro, má coisa, publicado em 1874?! Eu consagrei esse livro à memória de meu pai, falecido a 23 de Fevereiro. Com efeito, era, em parte, o reflexo do ensino que ele me ministrara contra as superstições, e aí estava bem. Mas excedi-o pela vilta de ímpias audácias. E aí não podia estar pior.[...]"
Sampaio Bruno
A Ideia de Deus, Lello & Irmãos - Editores, 1987, p. 34

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