"Somos razões mediadoras e inspiradas: a realidade dos nossos fracassos e também das nossas vitórias é uma prova de liberdade. Se o mistério do movimento de primeira instância, absoluto ou relativo, nos fala de uma liberdade inefável, a fenomenologia do movimento de segunda instância fala-nos de uma liverdade humana conceptuável e projectável. Assim, à luz do duplo movimento, transcendente e histórico, se conciliam liberdade e livre arbítrio. Deus precisa dos homens, como os homens precisam de Deus. A Unidade inicia misteriosamente a pluralidade, mas atribui-lhe o movimento para a evolução, no termo escatológico da qual estará porventura uma outra Unidade."
António Quadros
O Movimento do Homem (1963)
Sociedade de Expansão Cultural
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