“[...] resta apenas uma saída: a de ficar só, completamente só em si mesmo e a de nessa solidão se manter firme, não cedendo um ponto. Evidentemente que foram movimentados todos os meios para obstruí-la: o trabalho obrigatório é, talvez, o mais poderoso, na medida, por exemplo, em que nos força a ocupar-nos naquilo pelo que não só não temos qualquer interesse, mas que está organizado de modo a moldar-nos interiormente num certo sentido que não é, certamente, o da liberdade. Além disso, estar só é quase insustentável, mas isso é também o sinal de que pode constituir um caminho."
António Telmo
História Secreta de Portugal,
“Últimas reflexões de um profano”, p. 162.
“Últimas reflexões de um profano”, p. 162.
Via as 101 cartas de Pedro Sinde
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