"Para os que por ora ficam, resta o bastante: memória da convivência com uma pessoa humana singular, cuja sabedoria se escudava numa discreta presença que, contudo, por via da palavra, elidia o género, imarmanava géneros (literários e filosóficos) e gerava penetrante visão hierofânica de Portugal. (...) É do banquete com Dalila Pereira da Costa (...) que as afinidades e laços electivos - prolongados em afectos - propiciadores de um diálogo contínuo, que abrangeu domínios tão amplos como a partilha de memórias e episódios de vivências pessoais (...), a convivência do seu austero mas acolhedor palacete à Rua 5 de Outubro (...) sem esquecer a sua companhia em viagens para fora da cidade, ou mesmo a visita à sua quinta no Douro. Mas além desse espaço mais restrito e íntimo, outras circunstâncias vieram aprofundar tão fecunda relação. Entre outras, as que levaram a encontros e participações em iniciativas ligadas à divulgação da Filosofia Portuguesa, à evocação da «Renascença Portuguesa», a reuniões em sua casa a propósito da criação da revista Leonardo ou, mais tarde, no âmbito da sua relação à Fundação Lusíada. (...)"
Paulo Samuel
em As Artes entre as Letras
14 de Março de 2012
1 comentário:
Li no original do jornal e congratulo-me pela publicação aqui, para um mais alargado público. Devo a António Quadros o conhecimento da sua obra. Ímpar obra.
Abraço e obrigado.
jab
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