"A possessão da natureza só ficará plenamente justificada, só se tornará inteiramente possível e só atingirá a finalidade que, por intermédio da ciência, se propôs e nos nossos dias parece já ter alcançado, quando a natureza se afigurar ao homem como mundo de ilusão e da fábula, mundo portanto sem realidade, sem essência nem necessária existência, mundo de formas e corpos que, em si inertes e sem vida, são movidos por forças que em si próprios não contêm mas lhe são alheias e extrínsecas e não neles, mas só no pensamento abstracto ou do que chegará a chamar-se «razão pura», revelam seu segredo. (...)"
Orlando Vitorino
Refutação da Filosofia Triunfante, (1976) pp. 63-64
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