"António Quadros dedica o segundo volume de Portugal, Razão e Mistério “ao Agostinho da Silva, profeta do Império”. Lendo o livro, tão centrado no culto do Espírito Santo, verifica-se, porém, que o subsídio ideológico e a recolha de informes redundam sáfaros na paraclética obra agostiniana. Assaz, aliás. Um índice seguro permite atestá-lo: em mais de quinhentas notas, não chegarão à simples dezena as respeitantes aos livros de Agostinho. Mesmo entre estas, há ainda duas plenamente passíveis de inscrição a débito. Remetem para a dura, duríssima crítica que Quadros ali faz a Agostinho, a propósito da posição que este, na Reflexão à Margem da Literatura Portuguesa, sustenta no caso do Infante Santo, e contra o Infante D. Henrique. (...) Quando, então, e a propósito, afirma, resoluto, o seu aristotelismo, António Quadros dá bem discreto, mas orgulhoso, resoluto testemunho do magistério que recebeu de Álvaro Ribeiro (....)"
Pedro Martins
Continue a ler aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário