"Admitindo, porém, que o corpo seja totalmente divisível,
suponhamo-lo dividido. O que poderá restar? Uma grandeza?
Tal não será possível, pois haveria algo que não teria sido
dividido, e admitimos que o corpo era totalmente divisível. No
entanto, se não restasse corpo nem grandeza e houvesse divisão,
ou o corpo seria constituído por pontos, sendo desprovidas
de grandeza as coisas de que fosse composto, ou nada
seria em absoluto, — pelo que, neste caso, o corpo de nada seria
proveniente e de nada seria composto, e o seu todo nada mais
seria do que aparência. (...) Por conseguinte, se se supuser que qualquer corpo, qualquer
que seja o seu tamanho, é totalmente divisível, serão estas
as consequências. (...)"
Aristóteles
Sobre a geração e a corrupção (2009)
Centro de Filosofia da UL | Imprensa Nacional-Casa da Moeda
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