segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Por conseguinte

"Admitindo, porém, que o corpo seja totalmente divisível, suponhamo-lo dividido. O que poderá restar? Uma grandeza? Tal não será possível, pois haveria algo que não teria sido dividido, e admitimos que o corpo era totalmente divisível. No entanto, se não restasse corpo nem grandeza e houvesse divisão, ou o corpo seria constituído por pontos, sendo desprovidas de grandeza as coisas de que fosse composto, ou nada seria em absoluto, — pelo que, neste caso, o corpo de nada seria proveniente e de nada seria composto, e o seu todo nada mais seria do que aparência. (...) Por conseguinte, se se supuser que qualquer corpo, qualquer que seja o seu tamanho, é totalmente divisível, serão estas as consequências. (...)"

Aristóteles
Sobre a geração e a corrupção (2009)
Centro de Filosofia da UL | Imprensa Nacional-Casa da Moeda

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