"Segundo [António Quadros], a saudade será a expressão sentimental do mito, enquanto a angústia se lhe afigurava o sentimento correspondente à utopia. Na verdade, sendo um sentimento numinoso e de feição religiosa, um afloramento de todo o ser do homem, lembrança do que foi e desejo do que virá a ser, a saudade, implicando embora a perda, a ausência, o desgarramento ou o desterro, não exclui o desejo, a expectativa, pelo que é a mais pura e radical expressão ontológica, sentimental, volitiva e afectiva do essencial movimento do homem de que o discurso mítico é a narração simbólica. (...)"
António Braz Teixeira
"Introdução à Filosofia da Saudade"
"Introdução à Filosofia da Saudade"
em Deus, O Mal e a Saudade, Fundação Lusíada (1993), p. 241.
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