"Em quase todos os espaços culturais, há realmente um ideal próprio, ou então um feixe convergente de ideais que mutuamente se interpenetram até cristalizar em substracto ideológico que não se consciencializa inteiramente, que se transforma em idealismo especulativo e sistemático, que tem horror à relatividade que representa e que, apoiado nas facilidades concedidas aos homens hábeis pela sofistica e pela dialéctica, se visiona a si mesmo como o absoluto, como o universal, como o ôntico. Em vez de reconhecer o seu carácter prismático, estes ideais sonham-se colocados no ponto onde é possível observar a total multiplicidade dos prismas. (...)"
António Quadros
A Existência Literária (1959), p 71
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