"No português, talvez mais do que em qualquer outro povo europeu, a ânsia desmedida de absoluto (...) a apetência de regresso a uma perdida ou sonhada harmonia de perfeição - de que emerge o sentimento da saudade - choca-se, dramaticamente, com a realidade brutal e agressiva do mal nos homens e no mundo. A possibilidade de existência de um Deus omnipotente, perfeito e supremo Bem e a realidade insofismável do mal, eis o que, desde o plano do mais desatento viver quotidiano até ao da mais séria e responsável especulação, tem sido para ele causa de funda inquietação e perplexidade. (...)"
António Braz Teixeira
"O Mal na Filosofia Portuguesa dos Séculos XIX e XX"
em Deus, O Mal e a Saudade, Fundação Lusíada (1993), pp 62-78.
em Deus, O Mal e a Saudade, Fundação Lusíada (1993), pp 62-78.
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