quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A existência é a essência


"Não é típica do existencialismo (...) a negação da essência, do absoluto, do que transcende a finitude e a multiplicidade do mundo quotidiano. Asseverando que a existência precede a essência ou até que a existência é a essência, quer o pensamento existencialista dar categoria metafísica às formas da vida opulenta e vária em que os humanos se inserem. Se um caminho se pode traçar do imanente para o transcendente, tal caminho desenvolve-se necessariamente a partir do existente como tal. Derivadamente lhes pareceu que, de entre todas as faculdades humanas, é o sentimento a que assinala uma relação mais natural, espontânea e imediata com o devir existencial. (...)"

António Quadros 
"A Cultura Portuguesa perante o Existencialismo" 
em Sartre e o Existencialismo de Ismael Quiles, Arcádia, (1959), p.20

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