sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ana Hatherly e a Filosofia Portuguesa

"Quem me introduziu no círculo da Filosofia Portuguesa foi o António Quadros (...) e se bem que eu viesse a ser pouco mais do que ocasional participante nas reuniões do grupo, que então se realizavam no café Colonial da Avenida Almirante Reis, o meu contacto com os dois Mestres que a elas presidiam chegam a ser bastante significativo para mim nessa época, sobretudo com José Marinho, com quem tinha muito mais afinidades e que encontrava frequentemente em casa de amigos comuns. (...)"
Ana Hatherly
"Recordações de José Marinho e do grupo da Filosofia Portuguesa nos anos 60" 
em José Marinho, 1904-1975: todo o pensar liberta (2004)

A noite não foi

“Não há então sentido para aurora, nem para infância, para nenhuma origem, para nenhum princípio. A noite não foi, nenhum sol teve ocaso, nada se deu na diversidade da luz, do que traz a luz ou a oculta, nada nasceu, não há morte. (...)”

José Marinho
Teoria do Ser e da Verdade (1961)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Uma realidade conhecida e exercida pelo pensamento



"O problema principal do elenco de teses consiste na demonstração de que a filosofia é uma teoria de verdade, e não propriamente uma teoria do ser ou Ontologia, teoria essa que se erige perante uma realidade conhecida e exercida pelo pensamento, reconhecendo-se como o mundo sensível é real, mas a cujo íntimo só à filosofia, e não à ciência, é dado aceder."

Pinharanda Gomes
do Posfácio a
"As teses da Filosofia Portuguesa", de Orlando Vitorino
Guimarães (2015)