"Na nossa troca de mail's em Novembro, alertei-te para o facto de um dos heterónimos na tua lista, C. Pacheco, ter uma neta de carne e osso, Ana Rita Palmeirim, que é actual detentora da obra literária do avô. Ou seja, o tal C. Pacheco que escrevia poemas era o mesmo José Coelho Pacheco que foi amigo de Pessoa. A teu pedido, enviei-te o artigo do JL em que Teresa Rita Lopes revelou essa informação. Qual não foi o meu espanto quando, na edição portuguesa do teu livro, vi que C. Pacheco continua a figurar como heterónimo e com a mesma caracterização que lhe tinhas dado na edição brasileira. No final, sim, acrescentas a nova informação, admitindo que "provavelmente" (!) o C. Pacheco corresponderia a José Coelho Pacheco. Mas então por que razão não o retiraste da lista?
Este é um procedimento demasiado frequente no teu livro. Vais apresentando histórias sobre Pessoa que "provavelmente" serão falsas, mas só no fim mencionas, em jeito de nota de rodapé (e, por vezes, exactamente numa nota de rodapé), o seu carácter lendário ou implausível. (...)"
Richard Zenith
Q, Diário de Notícias
16 de Junho de 2012
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