Alta Serra deserta, de onde vejo
As águas do Oceano de uma banda,
Da outra, já salgadas, as do Tejo.

------------------------------------
Frei Agostinho da Cruz (Agostinho Pimenta) nasceu em Ponte da Barca, no Alto Minho, no dia 3 de Maio de 1540 e morreu em Setúbal em 1619. Em 1560 entrou como noviço no Convento de Santa Cruz da Serra de Sintra e aos 21 anos de idade fez-se capuchinho tomando o nome pelo qual viria a ser conhecido. Frei Agostinho da Cruz foi nomeado guardião no Convento de S. José de Ribamar aos 65 anos, vivendo a partir daí como eremita na serra da Arrábida, onde permaneceu por 14 anos vivendo do que a natureza oferecia. Foi poeta mas queimou quase toda a sua poesia. Os poemas que restaram foram publicados em 1771 primeiro e em 1918 depois. Morre no dia 14 de Março no Hospital de Nossa Senhora Anunciada em Setúbal.
Sobre Frei Agostinho da Cruz, Teixeira de Pascoaes escreveu: “Todo o espírito superior, na luta vencedora contra a materialização, ou se mata, como Antero de Quental, ou, como Frei Agostinho da Cruz, força a barreira tenebrosa e ajoelha, rezando, aos pés de Deus...” Teixeira de Pascoaes, Os poetas lusíadas, Assírio e Alvim, Lisboa, 1987, p. 115
Sobre Frei Agostinho da Cruz, Teixeira de Pascoaes escreveu: “Todo o espírito superior, na luta vencedora contra a materialização, ou se mata, como Antero de Quental, ou, como Frei Agostinho da Cruz, força a barreira tenebrosa e ajoelha, rezando, aos pés de Deus...” Teixeira de Pascoaes, Os poetas lusíadas, Assírio e Alvim, Lisboa, 1987, p. 115
Sem comentários:
Enviar um comentário