quarta-feira, 22 de abril de 2015
Não percebia nada
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Ruben A.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Ambiguidade congénita
"(...) A ambiguidade da metafísica não surge como defeito,
inerente ou não, mas condição preliminar do pensamento que
pretende descobrir o sentido da existência. O pensamento exige sempre
um contrario para se afirmar. Nenhuma noção pode ser pensada
exclusivamente por si, é sempre necessária outra e nesta dualidade
reside a ambiguidade congénita de todo o pensamento, e em especial
do pensamento metafísico. O nada é impensável, mas o pensamento
pretende objectivá-lo como pensável. A existência é impensável, mas
sem ela o pensamento não poderia manifestar-se. E deste modo, a
metafísica é consciente e paradoxal ambiguidade."
Delfim Santos
"Da ambiguidade na metafísica"
Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofia
tomo 2, 840-846, separata
(1949)
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Delfim Santos
A metafísica é trânsito
"Mas em antecipação e em conclusão digamos que física não se
opõe à metafísica, como é corrente a partir de Leibniz. O rio não se opõe à margem. As margens é que são entre si opostas. Isto é, não
há metafísica sem física, nem física sem metafísica, como não pode
haver ultrapassagem de um rio que não seja rio. (...) A metafísica é por si garantia da coexistência
dos opostos sem os quais ela nada poderia ser. O que em
Aristóteles se opõe ao físico é o lógico e não o metafísico. (...) A metafísica é trânsito em função de duas instâncias; é fácil desconhecer o real, é mais difícil desconhecer o ideal como ingrediente
de pensamento. Não é só difícil mas impossível, e nisto reside
a força aparente da prova idealista. O real exige como prova testemunhal
de si próprio o pensamento, e daí a suposição da anterioridade
e superioridade de valor do pensamento perante a existência. Mas
metafísica, como vimos, não é só pensamento, mas esforço de correlação entre o pensamento e a existência. (...)"
Delfim Santos
"Da ambiguidade na metafísica"
Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofia
tomo 2, 840-846, separata
(1949)
O de onde e para onde da metafísica
"O termo metafísica tem dois núcleos de referência. Está relacionado
com "física" e é actividade transponente, como indica o prefixo
"meta". Mas a transponência é acto que implica dois sentidos. Meta
é indicio de "direcção para", mas nada nos diz acerca do sentido da
direcção. Metafísica é, pois, actividade de pensamento que ultrapassa
a física. Mas ultrapassar a física não tem sentido unívoco, como
não tem sentido unívoco ultrapassar um rio. Um rio tem duas margens
e para que a expressão seja clara em seu sentido temos de saber
"de que" margem e "para que" margem se passou para compreendermos
plenamente o sentido da ultrapassagem. Assim com a metafisica, o termo não é unívoco porque não nos diz de "onde" ou "para
onde" se dirige a ultrapassagem. (...)"
Delfim Santos
"Da ambiguidade na metafísica"
Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofia
tomo 2, 840-846, separata
(1949)
(1949)
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Delfim Santos
O nada não nos diz nada sobre a metafísica
"O problema metafísico do
Nada compreende, como problema, toda a metafísica, mas se esse e
outros problemas compreendem toda a metafísica e por ele são problemas,
nem por isso se nos diz o que seja a metafísica. (...)"
Delfim Santos
"Da ambiguidade na metafísica"
Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofia
tomo 2, 840-846, separata
(1949)
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Delfim Santos
domingo, 19 de abril de 2015
Ruben A.
Ruben A. em Ponte de Lima com Sophia de Mello Breyner e Francisco Sousa Tavares |
- Em que idade escreveu (e publicou) o primeiro livro?
- 28 anos. Páginas I. 1949. Fez cócegas na sonolência nacional. Quem as fez acordar do barbitúrico râncico foi o João Gaspar Simões e o António Quadros. É a verdade, a eles devo muito.
Ruben A.
Diário Popular, 10 de Julho de 1975
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quarta-feira, 15 de abril de 2015
"A obra e o pensamento de Ariano Suassuna" | Colóquio
Realiza-se, no próximo dia 15 de Abril, pelas 14h30, no palácio da independência em Lisboa, o colóquio "A obra e o pensamento de Ariano Suassuna", dedicado ao autor d'O Auto da Compadecida.
PROGRAMA
14h30 | Sessão de Abertura
José Esteves Pereira
15h00 | Comunicações
António Braz Teixeira | Teatro
António Cândido Franco | Poesia
Constança Marcondes César | Romance
16h00 | Comunicações
Manuel Cândido Pimentel | Teoria Estética
José Almeida | Movimento Armorial
Manuel Gandra | Ariano Suassuna e o Sebastianismo
17h00 | Comunicações
Paulo Dias Oliveira | Ariano Suassuna e o Integralismo
Pedro Sinde | A Compadecida de Suassuna - Da teologia à expressão popular
Renato Epifânio | Ariano Suassuna e Agostinho da Silva
18h00 | Apresentação de obras
- "Olhares luso-brasileiros", de Constança Marcondes César
- "A Obra e o Pensamento de Eudoro de Sousa", obra colectiva
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quarta-feira, 8 de abril de 2015
Dalila Pereira da Costa
Excertos do documentário "Nome de Guerra, a Viagem de Junqueiro", produzido pela Escola de Belas Artes da Universidade Católica do Porto.
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quinta-feira, 2 de abril de 2015
A religião e a arte
"Considerando, porém, a religião e a arte, ambas se me afiguram, ainda que de um modo distinto é certo, intimamente voltadas para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina. E nisto não residirá a memória e a saudade do Paraíso perdido, de que nos fala a Bíblia, tesouro inesgotável da nossa cultura europeia? (...)"
Manoel de Oliveira
Centro Cultural de Belém, Lisboa, 12.5.2010
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Manoel de Oliveira
Manoel de Oliveira 1908-2015
'Non' ou A Vã Glória de Mandar (1990)
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Manoel de Oliveira
Manoel de Oliveira 1908-2015
"Quando comecei a fazer cinema não conhecia ninguém das tertúlias literárias. [Mais tarde] o Casais Monteiro, o Leonardo Coimbra, o José Marinho, o Álvaro Ribeiro, o Delfim Santos e outros (...) foram eles que me foram dando indicações sobre livros importantes.”
Manoel de Oliveira
«Expresso» 16 de Outubro de 1993
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